Os diagnósticos realizados ao tecido empresarial açoriano revelam fragilidades no domínio das práticas de gestão e na capacitação dos empresários regionais face a um contexto de globalização económica cada vez mais presente e uma baixa produtividade das empresas regionais.
O tecido empresarial regional do artesanato é fragmentado e formado por empresas de muito pequena dimensão, com baixos níveis de competitividade, produções de baixo valor acrescentado, direcionadas para o mercado interno e reduzida capacidade para alavancar processos de internacionalização.
Considerando a reduzida dimensão e capacidade competitiva da grande maioria das empresas artesanais dos Açores, importa agregar esforços e estratégias que facilitem o desenvolvimento sustentável deste setor, tendo em vista o estímulo à capacidade empresarial para a criação de novos produtos baseados nos recursos naturais, associando a inovação e a tradição, fomentando a aproximação a padrões de sustentabilidade mais equilibrados ligados a valores patrimoniais e culturais, tornando-os acessíveis a um leque diferenciado de visitantes.
Os mercados/feiras de artesanato são a principal ação de demonstração de iniciativas e produtos inovadores de base artesanal e tradicional e que se realizam em ciclos anuais, podendo as empresas fazer a sua promoção numa perspetiva de elevar a qualidade, respeitando os valores tradicionais e os artesãos, que são produtores de objetos e de cultura.